25 Nov, 2018 - Projeto Fedora - Contribuindo com o grupo de Traduções

No artigo post escrevi sobre o processo de criação de usuário e os grupos de trabalho existentes na comunidade Fedora. O objetivo foi apresentar os caminhos para se tornar um contribuidor nas comunidades Open Source.

Como apresentado no artigo anteior, não é necessário ter conhecimento técnico muito avançado ou ter grande experiência na tecnologia. Todos podem contribuir.

Um exemplo disso é a possibilidade de contribuição em grupos de Documentação e Tradução. Contribuir com os grupos de documentação permite que tenham acesso as informações sobre as novas funcionalidades da tecnologias, arquiteturas, módulos e outras informações técnicas. Dessa forma, o ganho de conhecimento técnico será consequencia.

Mas como eu posso saber se a minha contribuição atende o nível de qualidade e expectativa da comunidade ? Todas contribuições enviadas (pull request) passam por uma análise antes de serem aprovadas e disponibilizadas. Se o conteúdo não segue as normas de desenvolvimento da comunidade, o conteúdo não recebe aprovação e o contribuidor recebe um feedback para que possa adequar o conteúdo. Ter uma contribuição rejeitada pela comunidade é uma grande possibilidade de auto desenvolvimento, de aprendizado e melhoria profissional.

Como me tornar um contribuidor no grupo de Tradução ?

Se você já criou um usuário FAS e é um contribuidor da comunidade Fedora, já pode iniciar suas contribuições no grupo de trabalho de Tradução. Nesse link você pode encontrar a lista de todos os grupos e ver se possível perfil e interesse nos projetos.

Na pagina wiki de Tradução são apresentadas as principais informações sobre os grupos de trabalho e as oportunidades de atuação/contribuição.

Quais skills deve ter ou que gostaria de aprender ?

  • Inglês, outros idiomas, conhecimento técnico, traduções, etc.

O grupo de Tradução é dividido em sub-grupos, são eles:

Além disso, contribuidores podem fazer partde dos grupos upstream: GNOME KDE LibreOffice

Primeira Contribuição

Para iniciar a primeira contribuição será necessário logar na aplicação Zanata ( https://fedora.zanata.org/?dswid=9255 ).

Primeiro acesso Zanata


Página principal do Zanata .



Primeiro Login no Zanata.



Email de ativação no Zanata.



Pagina pessoal após ativação do registro de contribuidor.



Seleciona grupo de trabalho para contribuir.



Lista completa de projetos


15 Aug, 2018 - Como contribuir com comunidades Open Source - Contribuindo com o OpenShift

A importância do engajamento, participação e contribuição nas comunidades Open Source é um tema bastante discutido atualmente e muito bem recebido pelos profissionais das mais diversas áreas. Tenho recebido contato de estudantes de cursos, como: Tecnologia em Eventos, Agronomia, Gestão Energética, Letras, etc.

O modelo de contribuição através de comunidades têm ultrapassado as barreiras e está chegando em outras áreas do conhecimento muito além do mercado de TI.

Independentemente da área de atuação, quando uma pessoa decide conhecer mais o modelo Open Source e se engajar em comunidades globais de desenvolvimento, a primeira pergunta que surge é: “Como eu faço para me tornar um contribuidor da Comunidade ?”

Como escrevi no artigo sobre como contribuir com a Comunidade Fedora post, tanto profissionais experiêntes quanto jovens estudantes, enfrentam alguns desafios para iniciar as contribuições em comunidades Open Source. Nesse artigo foi apresentado o passo-a-passo no processo de registro na Comunidade Fedora, e o inicio do processo de contribuição.

Além da comunidade Fedora, atualmente existem mais de 1.800.000 comunidades e projetos abertos no GitHub. Cada comunidade apresenta uma série de oportunidades para novos contribuidors. No mercado de TI, um tema que está em evidência é a infraestrutura baseada em containers, que permite maior flexibilidade e agilidade na gestão de aplicações. O conceito de PaaS - Plataforma as a Service, baseada em containers, é implementado através da tecnologia (e da comunidade) OpenShift.

A comunidade OpenShift pode ser encontrada em GitHub é dividida em vários sub-grupos de trabalho que se especializam em alguns temas, entre eles:

  • OpenShift OPS
  • Machine Learning on OpenShift
  • OpenShift .EDU
  • OpenShift Image Builders
  • OpenShift Big Data
  • OpenShift .NET
  • OpenShift .GOV
  • OpenShift on OpenStack
  • OpenShift in Automotive
  • Mobile on OpenShift
  • Operatir Framework

Para se tornar un contribuidor na comunidade OpenShift é necessário alguns passos.

1 - CADASTRO

No link post é possível cadastrar-se utilizando uma conta de email.


Cadastro de email na comunidade OpenShift .

cadastro-openshift


Um exemplo de um grupo de desenvolvimento do OpenShift é o “Machine Learning on Openshift”. Esse grupo tem como objetivo discutir e desenvolver as práticas para adoção de Machine Learning em aplicações para instalação e execução no OpenShift

Na página de cada grupo o contribuidor encontrará informações sobre os temas de interesses do grupo, lista de contribuidores, agenda de eventos, agenda de reuniões, além do Blog com artigos com conteúdos específicos de tema principal do grupo.

Para se registrar em um desses grupo basta informar seu email , conforme a imagem abaixo:


Grupo de Machine Learning da comunidade OpenShift .

machinelearning-openshift


Além disso, todo o projeto OpenShift está armazenado no GitHub no link: github.com/openshift/origin

Dentro do projeto no GitHUb, a comunidade apresenta um guia com as informações para os contribuidores. Esse documento pode ser acessado em: https://github.com/openshift/origin/blob/master/CONTRIBUTING.adoc

2 - CONTRIBUIÇÃO

Cada grupo de desenvolvimento dentro da comunidade possui suas proprias atividades, demandas de desenvolvimento e um planejamento em relação ao Roadmap da tecnologias.

Depois de ter realizado o cadastro na comunidade, é possível buscar informações sobre todas as demandas de desenvolvimento para as releases do OpenShift.

A visão geral do roadmap está disponível no link: https://ci.openshift.redhat.com/roadmap_overview.html


Roadmap da comunidade OpenShift .

road-map-openshift


O roadmap apresenta a lista de atividades agrupadas por cada sub-grupo (como os listados acima), qual Release planeja-se incluir a funcionalidade e qual é o grupo (Board) que lidera do desenvolvimento.

Clicando em uma das atividades, você será redirecionado ao Trello com a descrição da atividade, todo o log de interações dos contribuidores.


Trello da comunidade OpenShift .

trello-OpenShift


Notem que abaixo da descrição da atividade existe um link para o BugZila. No caso dessa atividade o link é: https://bugzilla.redhat.com/show_bug.cgi?id=1427022

O BugZila é a ferramenta onde se registra todas as necessidades de desenvolvimento, sejam elas de correção ou de novas funcionalidades. Para a atividade apresentada como exemplo, temos as seguintes informações:


BugZila da comunidade OpenShift .

bugzila-openshift


Através do BugZila é possível consultar as informações referentes a atividade, como por exemplo:

  • Status: Nova
  • Qual componente: RFE
  • Prioridade: Média
  • Data e quem reportou o problema: 2017-02-27 01:19 EST by Jaspreet Kaur
  • Quem é o responsável pela atividade: Ben Parees
  • Quem é o responsável pelo QA: Xiaoli Tian

3 - COMUNICAÇÃO

As ferramentas de comunicação adotapa pelos contribuidores da comunidade OpenShift são:

IRC: #openshift-dev no FreeNode.

E-mail: Cadastre-se para fazer parte da lista de desenvolvedores aqui.

Aproveite para contribuir, se desenvolver profissionalmente e, principalmente, “conhecer” outros contribuidores !

FREEDOM COURAGE COMMITMENT ACCOUNTABILITY

15 May, 2018 - Quando você iniciou/iniciará sua carreira profissional na área de Tecnologia ?

Se pararmos e prestarmos um pouco de atenção, a pergunta : “Quando você iniciou (ou iniciará) sua carreira na área de Tecnologia” está quase sempre presente nas conversas de profissionais e/ou estudantes da área de TI, além de fazer parte de muitas mini-biografias.

É muito comum escutarmos ou lermos: “profissional com 10 anos de mercado”, ou , “sou da turma 1998 da Universidade”. De alguma forma essas frases são utilizadas para demonstrar experiência de mercado e, quase sempre, iniciam a contagem um dia apoś a formatura (ou conclusão) do curso de Tecnologia.

Sendo assim, o recebimento do certificado de conclusão de um curso , seja ele, de nível Técnico, Tecnólogo, Bacharel, Engenharia, sempre representou a conclusão de uma etapa de formação e o início (ou tentativa de iniciar) uma carreira profissional.

Esse comportamente é passado de geração para geração, ou melhor, de turmas em turmas nas instituições de ensino, inclusive na qual fiz parte, turma de Processamento de Dados de 2000.

No mundo atual, essa forma de pensar está ficando cada vez mais desalinhada com o mercado e as demandas das empresas durante os processos de recrutamento. Provavelmente já estava em 2000. Tenho realizado muitas palestras e trabalhos com jovens estudantes que estão no processo de formação, e vejo que as dúvidas e ansiedades continuam as mesmas, por exemplo: Como me destacar em um processo seletivo ? ; Quais tecnologias estudar para me preparar para o mercado ? ; Como me espcializar em alguma tecnologia ? ; entre outras dúvidas.

Esse momento gera uma certa frustração por parte dos alunos que entendem um alto grau de exigência por parte das empresas do mercado para o preenchimento de vagas nos níveis de estágio ou de trainee. É muito comum ouvir dos alunos: “ O mercado exige alguem fluente, que tenha experiência em tecnologias para uma vaga de estágio (ou trainee)”. “Sou estudante e o estágio é uma oportunidade para iniciar minha carreira profissional”

Sem dúvida esse é um momento difícil de transição, de incertezas, com alto nível ansiedade e um desejo enorme de inovar e atuar em projetos.

De uma forma geral, as empresas não buscam profissionais, para uma vaga de estágio ou de analista junior, que sejam fluentes em inglês, com muitas certificações e experiência em determinada tecnologia. Sem dúvida isso é um excelente diferencial, mas a busca é por jovens profissionais que possuam maturidade para se auto-desenvolver profissionalmente, de aprender, e que demonstrem ter iniciado isso durante os cursos de graduação.

Por isso, cada vez mais a participação em comunidades Open Source se torna importante para todos os profissionais, principalmente jovens que estão em um período de formação. Nas comunidades Open Source todos podem contribuir de diversas formas diferentes, além de terem contato com equipes e pessoas de todo o mundo. Além disso, todas as comunidades seguem processos de comunicação, desenvolvimento, testes e de criação de releases, o que proporciona para todos os contribuidores não somente uma experiência na tecnologia, como nos processos do dia-a-dia de uma empresa de TI.

Mesmo alunos de TI (ou profissionais) que não possuem conhecimentos avançados em desenvolvimentos, ou nas tecnologias, podem contribuir em grupos como, por exemplo: de embaixadores, de tradutores de documentação (inglês-português), testes, etc.

No artigo anterior post apresentei um passo-a-passo de como se cadastrar na comunidade Fedora e se tornar um contribuidor.

A área de tecnologia sempre foi reconhecida por exigir grande capacidade de atualização de conhecimentos por parte profissionais que nela atuam. Nos últimos anos têm se tornado um desafio cada vez maior para um profissional do mercado TI se manter atualizado. Podemos destacar que os novos meios de comunicação, a quebra das barreiras geográficas e equipes globalizadas trabalhando em conjunto e, principalmente, o trabalho colaborativo no desenvolvimento de novas tecnologias através de comunidades Open Source, são alguns dos fatores